A ideia de reformulação, a partir do despertar das massas proletárias, sempre foi concebido como um inimigo da ordem nacional.
A política de estado consolidada no Brasil em 64, transformou o Exército Nacional em uma polícia anticomunista. A evolução dos mecanismos legais para a perseguição daqueles que se organizavam contra esse sistema de repressão, passou à sua face mais dura em 1967 com a promulgação da Lei de Segurança Nacional, além de "aprimorar" as punições, tornando o exílio e a pena de morte instrumentos legais.
Qualquer movimentação, moderada que fosse, contra o regime, poderia ser entendida como subversão.
O período militar se pautou em 3 bases de terror social e político: vigilância, censura e repressão. Qualquer organização ou grupo que tecesse críticas era visto como uma ameaça a ser combatida.
Os processos históricos levaram à uma suposta retomada da democracia. No entanto, a plenitude democrática, que muitas vezes remete a uma utopia, jamais foi vivenciada. Arrastamos um farrapo de democracia, que agora, nem farrapo talvez possa ser considerado.
Em pleno ano de 2020, sob um regime fascista, sionista e desumano, experimentamos demonstrações das bases terroristas nas quais se assegura a ditadura implantada em 64. O Ministério da Justiça - por meio da SEOPI (Secretaria de Operações Integradas), extensão da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) - elaborou um dossiê, com 579 nomes de brasileiros que servem a este país de forma digna e defensora da preservação da democracia. São 579 pessoas conscientes da tenebrosa realidade política em que estamos mergulhados. Fazem parte dessa investigação vergonhosa, professores universitários e policiais, dentre outras categorias de servidores.
A necessidades de que vários setores da sociedade exijam explicações sobre essa atividade repressora do governo Bolsonaro, se faz urgente. A imoralidade com a qual se viola a liberdade de expressão nesse país, na atual gestão, deve ser combatida e repudiada com firmeza por todos os movimentos sociais, sociedade civil e partidos políticos.
A Aliança Palestina Maranhão declara-se publicamente contra essa violação, pois nossa bandeira abraça a liberdade de expressão humana, a liberdade política, o estabelecimento pleno da democracia e o combate à toda forma de repressão executada por qualquer ideologia de base fascista.
Assim como lutamos por uma Palestina livre do sionismo, lutamos por um Brasil livre do bolsonarismo... Livre do fascismo.
Gilliam Mellane Moreira Ur Rehman
Presidente da Aliança Palestina-Maranhão🇵🇸
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